Compositor: Não Disponível
Enquanto me inclino sobre ele
Eu reconheço seu crânio quebrado
A respiração é lenta, os olhos escurecidos
Pensamentos escondidos em calmaria neuronal
Sua testa sapiente franzida
Do seu corpo o espírito escapa
Tentando aprender o segredo de suas tristezas
Com as últimas palavras que escapam de seus lábios
Eu escuto suspiros distantes
Como notas de um salmo funerário
São as orações pelos mortos
Assim como a tempestade antes da bonança
Procissão funerária
No fundo do mar
Ajoelhe-se diante da sepultura, preste reverência
Nossos mortos dormem em silêncio, pelo menos
Descanse, meu amigo
Guardado pelos zoófitos
Em segurança dos tubarões e do homem
Sepultado por maravilhosas criaturas
Durma, meu amigo
Me enrede na melancolia
Em segurança dos tubarões e do homem
Durma em sua tumba de corais